China “a posteriori” I

© Luís Filipe Catarino – Shanghai, China – 15/8/2010

Antes de abandonar Shanghai ainda passámos um dia na Expo 2010 e, claro, fomos comer um bitoque e um pastel de nata ao Pavilhão de Portugal. Comestivéis mas longe dos sabores de Belém, os pastéis parecem estar a fazer sucesso entre os chineses, que não abandonam o pavilhão sem um bolo na mão. Isso e os pedaços de cortiça que arrancam à estrutura do espaço, mais parecendo que os ratos chineses também são um produto nacional…
Na Expo voltámos a constatar a “fúria” dos turistas chineses, que contaminam tudo por onde passam com a sua excitação e ansiedade. Além de estarem sempre a tentar passar à frente na fila, os chineses são como os espanhóis e têm de tocar em tudo que o vêem, principalmente se for dourado, luminoso ou digital. E se um faz uma coisa o outro vai logo atrás imitar, provocando o caos de espaço e prioridades. O Pavilhão da China é, naturalmente, o mais procurado e só uma paciência de pelo menos seis horas de espera é que consegue entrar. Ainda por cima porque o edifício paga-se à parte e “só” os 10 mil primeiros visitantes do dia é que têm entrada grátis.

© Alexandra Ho