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Frenética, mesmo hipnótica, a maliana Rokia Traoré deu um concerto do outro mundo no sábado no Festival Músicas do Mundo em Sines. Foi a primeira vez que fui ao FMM (sim, mea culpa), e confesso que fui de propósito para ver a Rokia. O que viesse por acréscimo era ganho. Tenho a ideia que muita da assistência vai com um espÃrito semelhante, o que faz com que este evento tenha um público de horizontes abertos e que não apupa as bandas que desconhece ou que pouco lhe dizem, como acontece nos festivais rock. Quem vai ao FMM (e o palco do Castelo é deslumbrante) vai para descobrir.
Voltando a Rokia Traoré, ao contrário do que esperava, tendo em conta a tranquilidade do mais recente “Tchamanché”, o seu concerto foi de uma energia brutal, quase sem pausas, não dando tréguas aos músicos (ah, o baixista Christophe “Disco” Minck, incrÃvel, incrÃvel) e muito menos ao público. Um dos concertos da minha vida!
que fixe, um concerto com momentos de gravidade zero… deve ser o máximo!
Foi um regresso à adolescência e aos concertos na primeira fila. Um encontro com os sorrisos sinceros e cheios de vida que nos aguardam e embalam as paisagens que vamos tatuar no corpo e na memória. Rokia inflamou a ansiedade e contagiou-nos com a sua alma africana. Agora só nos resta abraçar o calendário com força e ir queimando os dias. “Está quase! Está quase!†Exaustivamente, o sussurro ganha vida e o maior receio agora é não querer mais voltar à casa de partida
e que grande concerto…muito bom!